Startup da Embraer começa a desenvolver carro voador brasileiro
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Publicado em 25/03/2022

E parece que aquele futuro que vimos em “Os Jetsons”, desde anos 1960, está mais próximo do que imaginamos. Os famosos carros voadores do desenho animado já são tratados como uma realidade pela startup Eve, da Embraer.

Além do desenvolvimento do veículo, a empresa já começou a fechar parcerias para criar um ecossistema de mobilidade aérea urbana.

Dessa forma, o uso dos veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (eVTOLs, na sigla em inglês) será bem mais acessível, segundo co-CEO da startup, André Stein.

Consórcio

O primeiro consórcio para o desenvolvimento dessas soluções já foi formalizado na última semana, em Miami, na Flórida.

A ideia, segundo Stein, é desenvolver um modelo que possa ser usado para além do universo da empresa.

Para o modelar mais detalhadamente o projeto, a startup vem utilizando uma ferramenta desenvolvida com o Massachusetts Institute of Technology (MIT).

“Em Miami, chegamos a 88 rotas e 32 ‘vertiportos’ (locais destinados à operação dos eVtols). Estimamos que (a cidade de) São Paulo tenha quase o dobro desse potencial de mercado”, calcula André.

“Estamos mapeando diversas cidades para criar uma planta baixa de como seria a operação e podemos aplicar esse conceito para várias comunidades.”

Segundo co-CEO, a cidade tem potencial para ter de 400 a 500 eVTOLs nos próximos 15 anos. “A ideia é trazer mais uma opção de mobilidade, mas não vamos ter uma mancha no céu.”

Helipontos com estrutura de carregamento

A proposta da Eve é que o eVTOL caiba nos helipontos atuais, mas que tenha a própria estrutura de carregamento.

Também há uma preocupação da startup, para que os “vertiportos” estejam distribuídos nos melhores pontos das cidades.

“Nos últimos anos, a aviação comercial vem sendo democratizada, e a ideia é que o eVTOL chegue bem próximo (do custo) do transporte terrestre. A viagem vai ser acessível”, prevê André .

A intenção é que o modelo do negócio seja parecido com o da aviação comercial e executiva, no qual uma empresa opera os aviões.

“Com isso, o eVTOL fica automaticamente mais acessível. Com o avanço do trabalho remoto, por exemplo, esse conceito se torna mais interessante”, afirma o executivo.

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