Cientistas criam embrião sintético com cérebro e coração funcionando
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Publicado em 30/08/2022

A Ciência alcançou um novo marco neste mês e o motivo foi comemorado. Cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, criaram um embrião sintético de camundongos – até ao oitavo dia e meio de desenvolvimento – com cérebro e coração funcionando e com todas as estruturas para o desenvolvimento dos demais órgãos do corpo.

É a primeira vez que um embrião sintético é criado com tantos detalhes por cientistas. A criação foi feita usando apenas células-tronco e, segundo os pesquisadores, o objetivo de tudo primeiramente, é entender como desenvolvem-se as primeiras etapas de vida e também identificar com maior precisão porque alguns embriões não conseguem se desenvolver.

A pesquisa foi publicada na revista científica Nature e diz que os cientistas fazem parte do grupo de Magdalena Zernicka-Goetz, uma das mais respeitadas pesquisadoras da ciência em todo o mundo.

Avanço inédito

Esse tipo de pesquisa ocorre há muito tempo, são anos de estudo para conseguir recriar vida em laboratório, a partir das células-tronco. Entretanto, os cientistas nunca avançaram como agora. Estamos presenciando uma grande evolução científica, afirmam.

“É simplesmente inacreditável que tenhamos chegado a esse ponto”, declarou Magdalena Zernicka-Goetz.

Como é feito

O método de manter embriões de roedores vivos por vários dias é feito em incubadoras. Dentro delas, os líquidos das células-troncos são cuidadosamente girados, como uma roda gigante, permitindo o desenvolvimento dos embriões por muito mais tempo do que antes.

Eles surgem do tamanho de um grão de arroz e os batimentos dos corações são visíveis.

O ser humano nunca esteve tão perto da criação humana como atualmente, comemoram os cientistas.

Próximos passos

Caso os estudos avancem para células-tronco humanas e tenham sucesso, essa descoberta pode ser responsável pela criação de órgãos para todos aqueles que necessitam.

“Esperamos ajudar a salvar vidas”, concluiu a pesquisadora Magdalena Zernicka-Goetz.

Com informações de Veja

 

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