Saiu o novo edital do Programa Mais Médicos para o Brasil. São 6.252 vagas em todo o país, incluindo 1.000 novos postos inéditos para a Amazônia Legal.
A ação é uma forma de o governo repor profissionais em localidades distantes, que deixaram de ser atendidas nos últimos anos. Ao todo, as vagas serão distribuídas em 2.074 municípios e com isso, mais de 96 milhões de brasileiros terão acesso médico de atenção primária.
“Um dos mais importantes méritos do programa Mais Médicos é a prioridade para a formação no SUS, no trabalho das unidades básicas, pois é no cotidiano dos serviços de saúde que são vividos os problemas e construídas soluções, através de um processo de aprendizado permanente”, explicou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
O novo edital
Na primeira fase, os gestores dos municípios vão indicar quantas vagas precisam preencher em cada localidade. Em seguida, em um novo chamado, será a vez dos médicos se inscreverem para a seleção, tendo prioridade os profissionais que são formados em cursos de medicina no Brasil.
Até o fim do ano, o Governo Federal espera abrir um total de 15 mil vagas, chegando ao número de mais de 28 mil médicos atuando em todo território brasileiro.
Regiões de alta vulnerabilidade
O edital destina 47% das vagas às regiões de alta vulnerabilidade social – aquelas que carecem de projetos sociais efetivos. A intenção é fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e o atendimento às Unidades Básicas de Saúde (UBS),
Isso representa 1.118 vagas aos municípios de extrema pobreza e 1857 para municípios com categoria alta ou muito alta de vulnerabilidade.
Outras 666 vagas estão indicadas no edital para cidades com mais de 100 mil habitantes e baixo rendimento per capita.
Os municípios de média vulnerabilidade representam 27,5% das vagas do edital, 1.721, e as outras 14,3% vagas serão para reposição.
Incentivos para os médicos
Para participar do edital do Mais Médicos, é preciso ser profissional brasileiro ou intercambista, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que têm o Registro do Ministério da Saúde (RMS). Assim como anteriormente, médicos brasileiros seguem tendo prioridade na seleção.
Buscando aperfeiçoar o programa, o governo federal vai oferecer oportunidades de especialização e mestrado, benefícios proporcionais ao valor mensal da bolsa e direito a compensação do valor pago pelo INSS e licença maternidade e paternidade.
Profissionais brasileiros, que foram formados pelo Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES), terão ajuda para quitarem seus débitos.
Próximos passos
Para disponibilizar as vagas aos municípios, o Ministério da Saúde levou em conta o total autorizado para o Mais Médicos conforme Sistema de Gerenciamento de Programas do Ministério da Saúde, além daquelas ociosas e desocupadas.
A Secretária de Atenção Primária à Saúde vai publicar no endereço eletrônico do Mais Médicos a lista completa dos municípios com adesões renovadas e as respectivas vagas confirmadas.
O Mais Médicos foi programa criado em 2013, durante o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, para suprir a carência de médicos em municípios do interior e nas periferias, onde muitos profissionais não querem trabalhar.
Ao todo, mais de 15 mil médicos já passaram pelo programa, que beneficiou mais de 60 milhões de pessoas em todo o Brasil, informou o governo.