Rússia promete lançar vacina contra Covid no mês que vem
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Publicado em 14/07/2020

A corrida dos cientistas para lançar uma vacina contra a Covid-19 ganha um novo competidor de peso, que sai na frente: a Rússia.

O país anunciou nesta segunda, 13, que o imunizante desenvolvido por lá passou nos testes. Assim, a Rússia passa a ser o primeiro país do mundo a concluir testes em humanos.

“A pesquisa foi concluída e provou que a vacina é segura”, disse Yelena Smolyarchuk, chefe do centro de pesquisa clínica da Universidade Sechenov, à agência de notícias russa TASS.

Com isso, a previsão é que o imunizante seja registrado e entre em “circulação civil” entre os dias 12 e 14 de agosto.

Já o início da produção em massa é aguardado até setembro, por parte de empresas privadas.

Controvérsias

A corrida da Rússia em anunciar uma vacina, com apenas dois meses de testes, tem feito especialistas torcerem o nariz.

Eles criticam a forma acelerada como o país vai colocar o imunizante no mercado, sem fazer mais testes e sem esperar pra ver a reação do corpo humano ao medicamento.

Os testes começaram em junho e envolveram dois grupos.

O primeiro tinha 38 voluntários saudáveis, com idades entre 18 e 65 anos.

Na mesma época, 47 militares russos iniciaram um outro ensaio clínico paralelo de dois meses com mesma vacina, desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa Gamalei para Epidemiologia e Microbiologia.

Todos os voluntários passaram 28 dias isolados para protegê-los da exposição a outras infecções.

Os testes mostraram que eles formaram uma resposta imune após as injeções e não desenvolveram nenhuma reação atípica.

Alguns tiveram apenas dores de cabeça e uma temperatura corporal elevada, que 24 horas depois.

A doença na Rússia

A Rússia tem o quarto maior número de infecções por coronavírus do mundo.

Está atrás dos Estados Unidos, Brasil e Índia.

Até o momento, o país tem 732.547 casos e 11.422 mortes, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.

Vacinas no mundo

Atualmente, existem pelo menos 21 vacinas em estágio mais avançado de testes em humanos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Duas delas estão no Brasil: a de Oxford e a do Butantan, ambas na fase 3 de testes.

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