Cego volta a enxergar após 1º transplante de córnea artificial do mundo
Tecnologia
Publicado em 25/01/2021

Deu certo. Pela primeira vez na história um homem cego voltou a enxergar. O paciente foi operado por médicos do Rabin Medical Center, em Israel e recebeu o primeiro transplante de córnea artificial bem-sucedido do mundo. 24 horas depois ele já estava enxergando.

O homem é um idoso de 78 anos, chamado Jamal Furani, que ficou cego durante 10 anos.

Ele perdeu a visão por ter córnea deformada e após o implante foi capaz de ler textos e reconhecer parentes. A primeira coisa que ele afirma ter visto foi a luz.

“Testemunhar um outro ser humano recuperar a visão no dia seguinte foi eletrizante e emocionalmente comovente”, disse o doutor Gilad Litvin, inventor do dispositivo, em entrevista ao Israel Hayom.

Como

O implante artificial, denominado KPro, pode substituir uma córnea deformada ou opaca.

Ele tem um nano-tecido sintético não degradável que é colocado sob uma membrana que cobre a superfície da pálpebra e a parte branca do globo ocular.

Ao ser implantado, ele se integra com o tecido vivo e estimula a “proliferação celular” dentro do olho.

O procedimento foi feito pela startup israelense CorNeat e foi aprovado para testes clínicos em julho do ano passado.

O doutor Gilad Litvin contou que operação era “relativamente simples” e durou menos de uma hora.

Futuro

Atualmente, transplantes de córnea são procedimentos comuns, mas necessitam de doadores e a demanda é alta.

Os resultados deste transplante de córnea artificial são significantes para o futuro de pessoas cegas no mundo.

“O procedimento cirúrgico foi simples e o resultado superou todas as nossas expectativas”, disse o professor Irit Bahar, chefe de oftalmologia do Rabin Medical Center.

Ele complementa que a tecnologia era “a chave para virar a maré contra a cegueira global” e que era emocionante “estar na vanguarda desde projeto que sem dúvida impactará milhões de vidas”.

Outros 10 pacientes foram aprovados para fazer o procedimento de transplante de córnea artificial no Rabin Medical Center.

Com informações do Israel Hayom e  Exame

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